Como trabalhar a inovação na área de Pesquisa e Desenvolvimento
Ser uma empresa inovadora é uma regra de sobrevivência e de crescimento empresarial no mercado atual. Mas como isso acontece? Entenda como ocorre o processo de inovação e como nasce um novo produto.
Para entender como uma empresa trabalha a inovação é preciso ter definidos os papeis e a função de uma área de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) dentro da organização. A área de P&D abrange várias atividades organizacionais, científicas e tecnológicas, e a sua sigla pode ser enquadrada em duas vertentes: a pesquisa e o desenvolvimento. A pesquisa é o instrumento para se alcançar novos conhecimentos, enquanto desenvolvimento refere-se à utilização desses novos conhecimentos para chegar a melhores resultados.
Na área de P&D, a Pesquisa é o instrumento para se alcançar novos conhecimentos, e a de Desenvolvimento refere-se à utilização desses novos conhecimentos para chegar a melhores resultados.
As atividades de inovação visam à implementação de produtos e processos tecnologicamente novos e melhores. Os quatro tipos de inovação, segundo o Manual de OSLO, são: inovação em produto, inovação em processo, inovações organizacionais e inovações em marketing. Vale lembrar que o manual foi criado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e traz as Propostas de Diretrizes para Coleta e Interpretação de Dados sobre Inovação Tecnológica.
O objetivo deste documento é o de orientar e padronizar conceitos, metodologias e construção de estatísticas e indicadores de pesquisa e desenvolvimento de países industrializados. Neste sentido, a inovação é uma necessidade para todas as empresas e se caracteriza como uma regra de sobrevivência e de crescimento empresarial no mercado.
Qual a relação entre Inovação e P&D
A inovação e a área de P&D devem estar unidas, pois provém da necessidade de se manter um bom desempenho da organização, de forma que seja feito um planejamento e execução de tarefas adequados. É importante manter uma boa relação entre o planejamento estratégico e o planejamento para a inovação, porque executar uma estratégia de inovação e investir em pesquisa e desenvolvimento demandam recursos financeiros (recursos internos e externos da organização), pessoas, competências, processos decisórios e tecnologias.
Para manter a competitividade da organização e o foco na qualidade dos produtos, as empresas devem estar sempre acompanhando as tendências de mercado e investindo em novas tecnologias, a fim de satisfazer as necessidades dos clientes.
Na área de P&D da BTA Aditivos, o objetivo é delinear o portfólio com competitividade, sustentabilidade, desenvolvimento tecnológico e institucional. Devido à grande variedade de habilidades e conhecimentos necessários, a equipe de P&D conta com um quadro de funcionários diversificado. Com essa pluralidade de características é possível integrar os conhecimentos e elaborar ferramentas para fortalecer os propósitos dentro da empresa.
Ao buscar estratégias, compreende-se que este setor seja uma atividade que envolve importantes transferências de recursos. Por essa razão, o P&D da BTA Aditivos tem um capital estipulado no planejamento estratégico da empresa, e, segundo este plano, deve-se criar no mínimo, um novo produto a cada ano.
O desenvolvimento da inovação
O processo para desenvolvimento corresponde primeiramente na elaboração do briefing. É realizado um levantamento de informações como:
- Coleta de dados em bases científicas
- Definição das diretrizes do produto
- Marca
- Público alvo
- Composição de linha
- Abordagem de marketing
- Benchmark para os produtos e países onde o produto será comercializado
Para aprovação do protótipo, é levado em conta a capacidade da empresa em produzir o produto, viabilidade econômica, margem lucrativa, estratégia de mercado, aporte de investimentos e tempo de desenvolvimento.
Para o desenvolvimento de produtos, é realizado um estudo de sustentabilidade, onde são avaliados os três pilares: social, econômico e ambiental.
- Na relação social, um fator observado é a melhoria na qualidade de quem utiliza o produto;
- No pilar econômico observa-se os ganhos aos clientes e para empresa;
- Na esfera ambiental, mitigar o efeito negativo para o meio ambiente.
Como nasce um novo produto
No Centro Tecnológico da BTA, são avaliadas as características da fórmula laboratorialmente e definidos os parâmetros físico-químicos. Com a estrutura da planta piloto, o produto passa pela avaliação de eficácia, em que é permitido simular uma condição de produção industrial, analisando as condições de processo e também aplicação do produto na matriz de interesse aferindo a sua efetividade.
Após o refino da fórmula, é determinado quais os ensaios são necessários para protocolar o dossiê de registro, isenção ou notificação do produto, de acordo com a finalidade pretendida. Com o deferimento do órgão regulador (MAPA ou ANVISA) o produto é liberado para comercialização. Assim, cada produto é testado e aprovado antes de chegar ao cliente.
O setor de P&D está alinhado com as áreas de marketing, suprimentos, produção, qualidade e área comercial da empresa, cujo objetivo principal é identificar alternativas para o incremento das vendas, elencar possíveis soluções de melhorias e assim, atingir métricas de sucesso. O entrosamento entre os diversos setores e equipes da empresa garantem maior desempenho organizacional e o alcance do resultado esperado.
A razão de existir todo este suporte é a busca da Inovação. A BTA entende que para uma empresa crescer e perdurar no mercado, deve acompanhar as tendências e superar os desafios que venham a surgir. A área de Pesquisa e Desenvolvimento almeja a inovação tecnológica e busca a efetividade das ideias inovadoras para que influenciem positivamente o desempenho da empresa e, consequentemente na satisfação dos clientes.
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Lediane Tomazi Miotto - Biomédica, mestre em Farmacologia e Gerente de Pesquisa & Desenvolvimento na BTA Aditivos.
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