Saúde do trato respiratório das aves: desafios e soluções eficientes
A mecânica da respiração das aves é diferenciada da dos mamíferos, principalmente, por elas não possuírem diafragma. O trato respiratório possui características peculiares, tanto na estrutura como na forma em que desempenha a sua função principal: captar oxigênio e liberar gás carbônico.
Os movimentos de inspiração e expiração nas aves acontecem com o auxílio dos sacos aéreos, dos músculos abdominais e do osso esterno. Os sacos aéreos são estruturas com função de ventilar o ar para os pulmões, porém, eles são muito suscetíveis a danos e podem responder a isto tornando-se mais espessos, quando infiltrados por células inflamatórias e exsudato. Essa resposta à danos, geralmente é sempre semelhante, independente da causa, dificultando assim a precisão do diagnóstico a etiologia da aerossaculite apenas pela observação das características macroscópicas das lesões nos sacos aéreos. A aerossaculite pode ter origem quando ocorre uma irritação ou agressão da mucosa do trato respiratório, podendo ser ocasionada por diversos fatores como: inalação de gases irritantes, muitas vezes associadas à falha de manejo de cama e/ou ambiência (amônia, CO², poeiras) ou também, causada por agentes infecciosos como vírus, fungos ou bactérias.
Confira abaixo, quais as principais doenças que podem acometer o complexo respiratório das aves.
Colibacilose
Algumas cepas da Echerichia colli podem causar infecções no trato respiratório das aves, levando potencialmente a infecções sistêmicas chamadas colibacilose. Essas bactérias atacam as células epiteliais dos pulmões e dos sacos aéreos, além de afetar o sistema digestivo, podendo desencadear uma infecção de forma sistêmica. Essa doença, além de ter alta taxa de mortalidade e morbilidade, diminui a taxa de crescimento e eficiência de conversão alimentar. É um patógeno que está presente no ambiente de criação avícola, nas fezes e até no próprio organismo animal, podendo manifestar-se em maior e menor intensidade dependente de condições como estresse, qualidade do ar, ambiente inadequado e também, em sinergia com outras doenças.
Coriza infecciosa
A Avibacterium paragallinarum causadora da coriza infecciosa, é uma bactéria altamente contagiosa, que ataca principalmente o trato respiratório superior, assim como também outros órgãos vitais a exemplo do fígado e rins. Todos os grupos etários são susceptíveis, e nas aves adultas, se manifesta de forma mais grave e pode ser transmitida de forma horizontal, após contato de aves contaminadas com aves sadias, assim como também por vetores, insetos, água e ração. É responsável por um grande impacto econômico em poedeiras e reprodutoras, resultando em uma menor produção de ovos e, em frangos de corte, quando acomentidos, apresentam apatia, queda no consumo de água e ração, descarga nasal, conjuntivite, edema facial e mortalidade, sendo que a presença de outros patógenos agravam ainda mais o problema.
Pasteurellose
Outra bactéria que pode afetar o trato respiratória das aves, pertence à família das Pasteurellas, sendo altamente contagiosa, se dissemina de maneira fácil em aves tanto de criação extensiva quanto de subsistência. Se manifesta com sintomas como secreções nasais, febre, sede intensa, respiração rápida e ofegante, sonolência, lesões de fígado, pulmão e inflamações na mucosa das vias respiratórias e intestinais.
Mycoplasma
Também na indústria avícola, o Mycoplasma é um dos principais responsáveis pelas graves perdas econômicas, causando doença respiratória, imunodepressão temporária, queda na produção de ovos e na eclodibilidade. Os sinais respiratórios são exacerbados, com estertores respiratórias e dificuldade na locomoção devido a ocorrência de sinovite. A maioria dos contágios desta doença ocorre de forma horizontal, sendo a horizontal, por meio da inalação de aerossóis ou pelo contato direito com equipamentos contaminados, aves infectadas ou até mesmo pessoas, que facilita a dispersão das infecções no rebanho. A transmissão vertical é bem menos frequente, devido aos estritos controles dentro das granjas de matrizes e incubatórios.
Bronquite Infecciosa
A bronquite infecciosa das galinhas (BIG) é uma doença viral aguda e altamente contagiosa que provoca grandes perdas econômicas à cadeia avícola mundial, apesar do uso rotineiro e difundido de programas vacinais. O vírus da BIG pertence ao gênero Coronavírus, que atua infectando células do aparelho respiratório e genito-urinário das galinhas. A importância econômica desta doença decorre da diminuição da produção e qualidade de ovos, diminuição da eclodibilidade, eficiência alimentar, ganho de peso, levando ao aumento de mortalidades e condenação de carcaças ao abate.
Pneumovírus Aviário
O Pneumorvírus Aviário ou Metapneumovírus Aviário (aMPV) é o agente causador da Síndrome da Cabeça Inchada em frangos de corte, poedeiras e reprodutoras, sendo atualmente uma enfermidade descrita e submetida a programas de controle em quase todo o mundo. A doença se espalha no trato respiratório superior em aves de qualquer idade, desde o momento do nascimento e no trato reprodutivo a pós a fase de viremia. O aMPV debilita o trato respiratório facilitando a entrada de agentes patógenos secundários no organismo das aves agravando o processo patológico. Em reprodutoras e poedeiras pode ocorrer a replicação viral no oviduto levando a queda na postura e afetando a qualidade da casca do ovo.
Laringotraqueíte
É uma doença respiratória altamente contagiosa causada por um herpes vírus e que acomete principalmente galinhas, sua virulência varia consideravelmente resultando em infecções que vão de subclínicas ou assintomáticas até uma doença respiratória severa com alta morbidade e mortalidade. Uma característica do herpes vírus é sua capacidade de permanecer no hospedeiro infectado, após a infecção aguda, em um estado de latência. O vírus pode ser encontrado de 4 a sete dias depois da infecção no gânglio trigêmeo que é o principal local da latência viral, podendo permanecer ali por até 15 meses. Uma vez latente o vírus não é apresentado ao sistema imune por não existir expressão de suas proteínas, impedindo assim tanto a ação do sistema imune na defesa do animal quanto a detecção de resposta imune por provas sorológicas, sendo assim uma fonte de infecção não é detectada, não sendo excluída do lote, podendo vir a transmitir o vírus para aves susceptíveis de modo esporádico, ao longo de toda a vida.
Newcastle
É uma doença viral aguda com disseminação rápida e que acomete aves silvestres, domésticas e comerciais, tendo sintomas respiratórios, seguidos por sintomas neurais e digestivos. A doença pode levar a altas taxas de mortalidade, gera grandes gastos com programas de vacinação extensivos, ensaios de monitoramento, perdas de desempenho devido a reações de pós-vacinação e medicamentos de apoio subsequente.
Bouba Aviária
Causada pelo agente Avipoxvírus, também conhecida popularmente como pipoca ou caroço, é uma doença de transmissão lenta entre as aves e acomete principalmente animais jovens. A sintomatologia se caracteriza por lesões nodulares em regiões desprovidas de plumagem como cabeça e patas, além de febre, queda de postura e penas arrepiadas. O controle da enfermidade se dá através da vacinação das aves e controle dos mosquitos que atuam como transmissores da doença.
Influenza Aviária
Também conhecida como gripe aviária, é considerada uma doença de alto risco para aves quando causada por subtipos de vírus altamente patogênicos, como é o caso do vírus influenza subtipo A (H5N1). É caracterizada por ser uma doença de notificação obrigatória aos órgãos oficiais nacionais e internacionais, acarretando uma barreira sanitária para a comercialização de produtos avícolas e um enorme prejuízo para a avicultura comercial. Os principais sintomas nas aves são: dificuldade respiratória, secreção nasal e ocular, espirros, falta de coordenação motora, torcicolo, diarreia, alta mortalidade.
Medidas de controle e prevenção a serem adotadas
A prevenção ainda é a melhor solução para barrar os problemas respiratórios e garantir a sanidade das aves. Entre as principais medidas a serem adotadas para o controle e prevenção das doenças respiratórias estão os cuidados com as condições ambientais e biosseguridade das granjas. Isso inclui diversas práticas como ambiência adequada dentro dos galpões, controle de vetores e pragas, boas práticas de produção e conservação de alimentos e água, correto manejo de cama, isolamento total do aviário, restrição e controles de entrada e saída de veículos e pessoas, programas eficazes de vacinação, eficiência nas limpezas e desinfecções, além da utilização de produtos eficazes no combate às doenças.
Diante das inúmeras perdas que as doenças do complexo respiratório das aves acarretam a cadeia de produção avícola há a necessidade de uma busca incessante por alternativas de controle ou minimização deste impacto. Poder dispor de produtos de amplo espectro que possam ser utilizados nos desafios sanitários é imprescindível.
Pensando nisso, a BTA ADITIVOS conta com uma diversa linha de produtos para ajudar no manejo de aviários, tanto no período de vazio sanitário como durante o alojamento.
Para o tratamento da água de consumo das aves, a linha de produtos H2ACID, conta com a combinação sinérgica de ácidos orgânicos e óleos essenciais, e é uma eficiente ferramenta para controle microbiológico, atuando na redução do pH e consequentemente, na colonização por microrganismos patogênicos, melhorando assim a qualidade da água ingerida pelas aves, além da melhoria da sua condição intestinal e imunológica.
SANI PRÓ, é um eficiente e rápido desinfetante líquido e de alta performance, com ação rápida contra microrganismos em ambientes, equipamentos, utensílios, pisos e superfícies em geral. Possui inibidores que evitam a corrosão de metais, além de ter secagem rápida e ser sem odor irritante. Pode ser aplicado em galpões, durante alojamento ou período de vazio sanitário.
Além disso, contamos com o SALFIX, que possui um blend equilibrado de sais e ácidos orgânicos, na forma de pó. A sinergia de seus ativos propicia um amplo espectro de abrangência no controle microbiológico, sendo este um fator determinante na dispersão de microrganismos na cama das aves, podendo ser aplicado em galpões, durante alojamento ou período de vazio sanitário.
Além disso os produtos SALFIX e SANI PRÓ possuem ação virucida, com eficiência comprovada para a inibição de 99,99% do vírus influenza.
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