BTA Aditivos - Add Innovation
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Como a umidade e a atividade de água podem interferir na qualidade da produção de ração

Para que produtores possam continuar produzindo rações seguras e com alto índice nutricional, precisam estar atentos a muitos detalhes no processo, dentre eles, a umidade e a atividade da água. Confira como estes dois parâmetros nas matérias-primas e rações podem favorecer o aparecimento de fungos e, consequentemente, de micotoxinas. 

O Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações), divulgou dados no primeiro semestre de 2021, que a produção de ração animal no Brasil obteve um aumento de 5,2%, comparado ao mesmo período em 2020. E, ao que os dados indicam, esta tendência de crescimento produtivo deve se manter promissora para os próximos anos.

Fonte: Sindirações

Por este motivo, as empresas produtoras de rações precisam acompanhar esta tendência, tanto em quantidade quanto em qualidade, visto que o mercado está cada vez mais exigente com relação a produção e oferta de alimentos seguros e de qualidade aos animais. Neste sentido, os produtores de ração animal estão atentos aos detalhes para que, cada vez mais, possam produzir alimentos seguros e com altos índices nutricionais. Confira a seguir, dois parâmetros que fazem a diferença na produção de um alimento de alta qualidade: o controle da umidade e da Atividade de Água.

O que é um alimento seguro?

Segundo o Codex Alimentarius FAO (2011), um alimento seguro é aquele que não oferece nenhum risco ou danos à saúde ou à integridade física de quem vai consumi-lo. A partir desta premissa é que começa o desafio das fábricas: como fazer um alimento seguro?

O primeiro passo para a produção de um alimento seguro é seguir as Boas Práticas de Fabricação (BPF), conforme a Instrução Normativa n° 04/2007 (MAPA), a qual determina que: “BPF são todos os procedimentos higiênicos, sanitários e operacionais aplicados em todo o fluxo de produção, desde a obtenção dos ingredientes e matérias-primas até a distribuição do produto final, com o objetivo de garantir a qualidade, a conformidade e a segurança dos produtos destinados à alimentação animal.”

Desta maneira, é possível produzir alimentos seguros, de melhor qualidade e também prevenir a contaminação dos alimentos, principalmente a contaminação fúngica ocasionada pela umidade e atividade de água elevadas. Estas, quando presentes, oferecem grandes riscos aos produtos, seja na matéria-prima ou na ração, além de danos à nutrição animal.

Como a água se apresenta nos alimentos

A água pode se apresentar nos alimentos de duas maneiras distintas:

  • Água livre (disponível ou não ligada): refere-se à água que está presente entre os poros e os espaços intragranulares do alimento. Atua como meio de dispersão e nutriente para o desenvolvimento de microrganismos e reações químico-enzimáticas.
  • Água ligada: refere-se à água que está combinada com as partículas sólidas, tendo mobilidade reduzida, não sendo utilizada como solvente, nem permitindo o desenvolvimento de microrganismos.

Entendendo a diferença entre umidade e atividade de água

A umidade é definida como a quantidade total de água contida em uma matéria-prima ou ração e que pode ser retirada sem alterar suas propriedades químicas. É uma medida quantitativa geralmente expressa como uma porcentagem (%) do peso total do sólido.

Já a atividade de água (Aw) é uma medida qualitativa definida como a quantidade de água livre (disponível ou não ligada) contida em uma matéria-prima ou ração, capaz de ser utilizada pelos microrganismos e causar reações químico-enzimáticas.

A análise da Aw consiste em colocar a matéria-prima ou o alimento em uma câmara que, quando em equilíbrio, ou seja, quando não há interferência do ar circundante, indica o valor da pressão de vapor da água contida naquele alimento. Este valor pode ser expresso em umidade relativa de equilíbrio (0 – 100%) ou em atividade de água (0 – 1), onde 100% ou 1 é o valor da água pura.

Representação da câmara de análise de atividade de água

Os microrganismos apresentam limitação de crescimento em intervalos de atividade de água de 0,20 até 0,60. Os fungos dos gêneros Aspergillus e Penicillium são os principais agentes decompositores dos alimentos e produtores de micotoxinas prejudiciais à saúde animal.

Quando em alimentos com condições favoráveis como umidade elevada, temperatura elevada e pH, somados a atividade de água superior 0,70, os fungos desses gêneros começam a se desenvolver. Há outros microrganismos que também são considerados de grande importância no controle de qualidade dos alimentos, como as enterobactérias do gênero Salmonella. Estas, crescem em intervalos de atividade de água superiores a 0,90.

Desenvolvimento dos microrganismos de acordo com a atividade de água

Sendo assim, quanto mais elevada for a Aw, mais rápido os microrganismos como bactérias, fungos e leveduras serão capazes de se multiplicar. Por isso, ela está diretamente relacionada com a conservação dos alimentos. Valores de Aw entre zero e 0,20 indicam que a água está fortemente ligada ao alimento. Já, valores na faixa de 0,70 a 1,0 indicam que a maioria da água se encontra livre para reações e desenvolvimento microbiológico.

Por isso, torna-se indispensável às empresas produtoras de ração fazer o acompanhamento dos índices de umidade e atividade de água presentes em suas matérias-primas e produtos finais, pois essas medidas analíticas são extremamente relevantes na produção e tem importância direta para:

  • Determinar a qualidade do alimento ou ingrediente;
  • Definir a estabilidade do alimento ou ingrediente;
  • Indicar o valor nutritivo;
  • Especificar os padrões de conservação;
  • Prevenir o desenvolvimento microbiológico;
  • Considerar as possíveis reações químicas;
  • Avaliar a estabilidade física;
  • Garantir a vida de prateleira.

Impactos da presença da contaminação fúngica na ração

A saúde dos animais está diretamente ligada à qualidade da ração que eles consomem. O alto teor de umidade e atividade de água nas matérias-primas e rações favorece o aparecimento de fungos e, consequentemente, de micotoxinas. Essas, quando presentes nos alimentos ocasionam uma estabilidade nutricional variável devido a alguns fatores como:

  • Perda dos nutrientes
  • Diminuição no teor de aminoácidos
  • Redução no conteúdo energético
  • Degradação das vitaminas
  • Alteração das características organolépticas do produto, como cor, odor e sabor.

Nos animais, após a ingestão do alimento contaminado, as micotoxinas podem ocasionar efeitos agudos ou subagudos, dependendo da frequência e da quantidade de ingestão do alimento contaminado. Nos animais de companhia, os efeitos podem abranger desde quadros de vômito e diarreia até o favorecimento de debilidades imunológicas.

Nos animais de produção, os efeitos da contaminação fúngica podem afetar negativamente os índices de desempenho zootécnico, como ganho de peso e conversão alimentar, e também podem afetar diretamente os índices de eficiência produtiva e reprodutiva.

Como reduzir os desafios de contaminação nas fábricas?

A qualidade da ração depende de estratégias pré-estabelecidas para prevenir, reduzir ou eliminar os contaminantes fúngicos que possam estar ali presentes. Dentre elas, podemos citar:

  • Monitoramento dos ingredientes: realizar a avaliação e o controle da umidade dos ingredientes recebidos - principalmente grãos e matérias-primas de origem vegetal - evita recebe-los com altos teores de umidade, o que pode desencadear o processo de contaminação fúngica durante o período de armazenamento.
  • Aeração e termometria dos silos: controlar o fluxo de ar e a temperatura interna dos silos de estocagem se torna uma boa alternativa para garantir a conservação e a qualidade das matérias-primas, principalmente de armazenamento de grãos.
  • Monitoramento dos processos: monitorar e verificar todos os processos da fábrica, desde o recebimento de matérias-primas até o final da produção é uma forma de identificar os possíveis pontos críticos de controle que possam pré-dispor a contaminação fúngica durante o processo produtivo. Além disso, produzir rações dentro dos índices de umidade e atividade de água estipulados para cada espécie também é uma excelente alternativa de controle, qualidade e segurança para os alimentos produzidos.
  • Tratamentos químicos: aliado as demais estratégias, o uso de aditivos conservantes antifúngicos no processo produtivo é fundamental, com o intuito de prevenir ou eliminar o desenvolvimento fúngico e, consequentemente, a produção de micotoxinas, tanto em matérias-primas quanto em rações destinadas à alimentação animal.

A linha de antifúngicos da BTA Aditivos é composta pelo Fungtech (versão pó) e Fungtech 55 (versão líquida). Esses produtos tem na sua composição um blend equilibrado de sais e ácidos orgânicos, os quais possuem efeito sinérgico, alta atividade antifúngica, poder residual e liberação gradual. Seus blends propiciam uma maior qualidade para as matérias-primas e rações tratadas, auxiliando na manutenção do shelf-life e na segurança alimentar e nutricional dos animais que estarão consumindo os produtos.

Você conferiu como a umidade e a atividade de água impactam na conservação da ração. O armazenamento de grãos é outro ponto importante que merece muita atenção por parte do produtor que quer controlar os efeitos da contaminação fúngica. Confira os pontos que exigem mais cuidados e como melhorar a conservação dos grãos após a colheita.

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Daiane Signore Ribeiro - Médica Veterinária, especialista em Tecnologia da Produção de Ração Animal e Consultora Técnica na BTA Aditivos.

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Thaís Gonelli - Zootecnista, com pós graduação em gestão da qualidade (em curso), e Consultora Técnica na BTA Aditivos

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